O hi-fi girava solto nas festinhas dos anos 1960
No livro, filme e série "Alta Fidelidade", brinca-se com a ideia da traição amorosa e a tecnologia de áudio de mesmo nome. O aparelho de som deve, acima de tudo, ser fiel à gravação, um caso de amor do disco com a vitrola. Num relacionamento fechado a frequência modular é a mesma. O casal faz música juntos, no diapasão da pele. Se ele ou ela passar a ouvir as notas que vêm do apartamento de cima, vira bolero.
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Nos anos 1960, o hi-fi, diminutivo de high fidelity (alta fidelidade), era a pedida nas festinhas de apartamento. O conceito de balada estava no embrião. Os jovens se reuniam na sala de alguém descolado, afastavam os móveis e se punham a dançar. No prato, giravam Beatles, Bossa Nova, Jovem Guarda, jazz.
As bebidas eram fiéis à transição entre a adolescência e a vida adulta. Cuba libre e hi-fi, ambas com refrigerante. Assim, os respectivos rum e vodca ficavam toleráveis para os paladares pueris. Era como brincar de beber. Só que a sério. Quem ameniza o sabor, exagera na quantidade. Ainda mais quando está em jogo a tarefa impossível de tirar uma moça para dançar.
O cuba........
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