Eliana Calmon revê opinião e admite cotas para promover juízas
Eliana Calmon, ministra aposentada do STJ (Superior Tribunal de Justiça), aderiu às listas exclusivas para a promoção de magistradas. Quando o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) instituiu as cotas, em 2023, a ex-corregedora nacional, uma feminista, combateu a nova regra.
"A lista de merecimento feminina será um privilégio descabido para magistrados que serão preteridos", dizia. "É preciso que a mulher entenda que a luta não pode favorecê-la em uma carreira que nada tem a ver com o sexo e sim com o mérito."
Eliana diz que foi convencida a mudar de posição ao ouvir "a verdadeira história de como foi aprovada a tese das listas de paridade".
"Foi uma guerra", diz. As mulheres que lutam pela igualdade têm receio de sofrer retaliações.
Hoje, a advogada Eliana define as listas exclusivamente femininas como "a mais ousada das ações afirmativas" tomadas pelo Judiciário. "Outras menos ousadas foram tentadas sem sucesso, no Legislativo e no Executivo, e boicotadas por mudanças enganosas."
Eliana e a desembargadora Maria Lúcia Pizzotti, do TJ-SP, previram que as promoções seriam judicializadas.
"Os juízes foram prejudicados com a inusitada decisão que permitirá que as juízas furem a fila constitucional das promoções para o cargo de desembargador, para que se corrijam os erros do passado", disse Pizzotti, na ocasião.
"Quando a resolução foi aprovada, sentimos muito a declaração que ela deu contra as listas exclusivas de mulheres, porque a........
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