O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) citou por edital a ex-juíza Ludmila Lins Grillo, aposentada compulsoriamente pelo TJ de Minas Gerais em maio de 2023, para apresentar defesa em outro processo disciplinar.
Ela é acusada de manifestar juízo depreciativo de decisão da corte mineira, que havia aplicado a penalidade de advertência por comentário em rede social.
Ludmila ficou famosa por apoiar ostensivamente a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência, criticar decisões das cortes superiores, participar de atos político-partidários e estimular publicamente a desobediência a medidas anti-Covid.
O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, decidiu que "malgrado a requerida [Ludmila] já tenha sido apenada com aposentadoria compulsória" e esteja afastada de suas funções, "creio seja recomendável expedir novo comando pelo afastamento da magistrada do cargo, a fim de corroborar a incompatibilidade da conduta que lhe é imputada com o exercício da magistratura".
O TJ-MG havia arquivado o procedimento investigatório por se tratar de denúncia anônima. "A jurisprudência deste Conselho inclina-se para admitir a denúncia anônima como início de prova", decidiu Salomão.
Ao contrário da compreensão adotada pela corregedoria local, a conduta imputada à magistrada revelaria, em........