Após sair da Globo, Suzana Pires aposta em Hollywood, projetos próprios e ONG

Suzana Pires alterna o crachá de atriz, roteirista e escritora, além de ostentar um cartão de visitas de empreendedora social à frente do Instituto Dona de Si.

A ONG que promove o empreendedorismo feminino, qualificação profissional e suporte emocional para mulheres foi fundada com dinheiro angariado com a venda de suas bolsas de grife.

"Acordei de madrugada com a ideia inteira de um instituto para neutralizar dores de mulheres que estão chorando por causa do trabalho, se entupindo de remédio", relata Suzana.

Ao passar pelo closet para ir ao banheiro, ela teve um insight de como fazer o primeiro aporte financeiro. "Olhei para aquele monte de bolsas e pensei: vou vender todas."

Assim foi feito. Procurou uma amiga dona de um e-commerce de luxo. Promoveu um bazar virtual, postando fotos de si mesma feitas por paparazzi com exemplares de Chanel, Gucci e Prada.

Conseguiu levantar quase R$ 500 mil, investimento inicial para promover a aceleração de talentos femininos no audiovisual, o foco inicial do instituto.

Ao longo dos anos, o Dona de Si expandiu sua atuação para mulheres em situação de vulnerabilidade social.

Nesta segunda-feira (17), Suzana incorporou a líder desta iniciativa que já impactou 2 milhões de brasileiras na pré-estreia em São Paulo do minidocumentário "Dona de Si Criativa", com direção de Rafael Bacelar e roteiro de Virginia de Gomez.

É a primeira obra da Spiritus Entertainment, produtora com sede em Bervely Hills também fundada pela atriz, em parceria com o executivo americano Kevin J. Gessay.

O filme de 35 minutos traz depoimentos de mulheres como uma modelista do Morro dos Prazeres, no Rio de Janeiro, atendida pelo instituto há três anos, que relata estar recuperada da depressão. "A costura me tirou daquele buraco."

O documentário mostra também o percurso de Suzana das telas para o terceiro setor. "Sou mulher, artista e vivo da minha criatividade desde os meus 15 anos", apresenta-se a fundadora do Dona de Si.

Em seguida, a artista explica como decidiu ser "empreendedora de si mesma" e ajudar outras mulheres a se tornarem o que elas são e terem seu valor reconhecido como tal.

"Quando cheguei ao ápice, entendi a dificuldade feminina de estar em uma posição de liderança e precisar se provar três vezes mais", relata ela, sobre percepções e vivências como representante do........

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