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Sexo 100% seguro

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01.08.2024

Fui médico dos primeiros doentes com Aids em São Paulo. Quem não viveu aqueles dias não pode imaginar como eram.

Os pacientes contraíam um vírus que anos mais tarde provocaria infecções oportunistas em série e alguns tipos de câncer de evolução inexorável. A morte chegava depois de um longo sofrimento, não era raro o paciente considerá-la bem-vinda.

Então, em 1995, surgiram associações de antivirais capazes de controlar a doença. Foi uma revolução. Na minha clínica e na enfermaria do Carandiru vi doentes em pele e osso na fase terminal da Aids levantar da cama e voltar à vida normal. A maioria está viva até hoje.

Naquele tempo os medicamentos provocavam muitos efeitos colaterais, além de exigir a administração de comprimidos em horários desencontrados. Havia casos em que eram prescritos mais de 20 comprimidos diários.

Nos anos seguintes os avanços científicos simplificaram esses esquemas. Hoje, é possível controlar a infecção pelo HIV tomando apenas um comprimido por dia, com efeitos colaterais mínimos.

Em dezembro de 2010, um estudo internacional com a participação de cientistas brasileiros demonstrou que o medicamento Truvada, uma associação de dois antivirais (entricitabina e tenofovir) administrados diariamente reduziam em 95% o risco de infecção pelo HIV, naqueles que tomavam os comprimidos com regularidade. Entramos na era da Prep (profilaxia........

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