Cartilha para eleger Tarcísio
Domingo passado, o governador Tarcísio de Freitas, após votar, convocou entrevista coletiva na TV. Não sozinho, mas ao lado de seu candidato a prefeito. Ocasião estranha para interação com a imprensa. Faltavam horas para o fechamento das urnas e não havia fato excepcional que pedisse, naquele minuto específico, uma coletiva.
Uma jornalista de cartilha perguntou: "O que aconteceu em relação ao PCC?" Tarcísio respondeu: "Teve o ‘salve’. Houve interceptação de conversas de presídios por parte de organização criminosa orientando determinadas pessoas a votar em determinado candidato". Outra voz emenda: "Qual era o candidato?" Tarcísio bateu: "Boulos".
O que fazer com essa declaração, que jornalistas de cartilha consideram informação? Publique-se sem apuração antes mesmo de as urnas fecharem, pois temos direito a voto "consciente e informado". Manchete: "Tarcísio diz que PCC pediu voto em Boulos". Se estiver inseguro, a cartilha sugere adjetivo imunizador: "Suposta ordem do PCC pedindo voto em Boulos", "três supostos bilhetes". Assim resolve o suposto risco.
Difundir desinformação com potencial de afetar normalidade da eleição........© UOL
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