O debate incompleto sobre a margem equatorial

Doutorando em economia da FGV EESP, mestre em economia na FEA-USP, é diretor da LCA Consultores e pesquisador-associado do FGV Ibre

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A recente autorização do Ibama para perfurações na bacia da Foz do Amazonas reacendeu o debate sobre a exploração da margem equatorial, faixa que se estende da costa do Rio Grande do Norte à do Amapá. Mas a discussão recente sobre isso se limitou apenas a um aspecto envolvido —o ambiental—, enquanto temas igualmente relevantes foram deixados de lado.

Não se trata de minimizar a importância das preocupações ambientais e climáticas. Estimativas da Bloomberg apontam perdas econômicas globais de US$ 1,5 trilhão anuais atualmente devido às diversas mudanças climáticas, geradas principalmente pela queima de combustíveis fósseis —como comparação, eram cerca de US$ 300-500 bilhões duas décadas atrás.

Mas, no caso brasileiro, há uma especificidade que precisa ser relembrada: cerca de 70% de nossas emissões de gases de efeito estufa vêm da pecuária e dos desmatamentos, não da queima de combustíveis fósseis. Nossa matriz elétrica é 91% renovável, muito acima da média........

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