Se tem uma coisa que os livros me ensinaram, é que não é de bom tom se apaixonar por um personagem antes de descobrir se ele é seu parente. A menos, claro, que esse tipo de tragédia familiar renda uma obra-prima como "Os Maias".
Em termos práticos, porém, ignorando completamente os fatores "genialidade" e "realismo", o que me impede de dar um mau passo do gênero ultrarromântico é a distância de 124 anos —e pelo menos quatro galhos de árvore genealógica— entre mim e meu primeiro crush da vida: o poeta Álvares de Azevedo.
Neto de um tal Domingos, filho de um certo Ignácio, Maneco Antônio também era sobrinho do Barão de Itapacorá. Quem??? Pois então. Para minha surpresa, de acordo com um site colaborativo de genealogia, meu tataravô.
Na época da escola, a pré-adolegótica que fui não tinha qualquer noção desse vínculo com o Lorde Byron brasileiro. Os laços que me........