Amor e ódio nos 80 anos de Chico Buarque
Em 1973, os censores da ditadura escandalizaram-se com a letra de "Flor da Idade", em que Chico Buarque arma uma ciranda amorosa —Dora amava Lia que amava Léa que amava Paulo que amava Juca— inspirada no poema "Quadrilha", de Drummond, àquela altura já clássico.
O regime preparava a "distensão lenta e gradual", mas nada mudara entre Chico e a censura. O jogo de gato e rato se estendeu ao longo de três décadas, com episódios de repressão artística explícita e outros de ridículo universal —a proibição de a escola de samba Canarinhos da Engenhoca exibir um enredo em homenagem ao compositor, em 1974.
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Impedido de cantar "Flor da Idade", o autor preparou a própria defesa, citando o dicionário Caldas Aulete: "O verbete amar não faz qualquer alusão a sexo. Vemos amar como sentir amor........
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