No país do (des)espera |
Parabéns a Portugal por estar a ser absolutamente honesto com quem chega ao nosso país. No controlo de passaportes do aeroporto de Lisboa de e para destinos não-Schengen, estamos a mostrar aos estrangeiros aquilo a que nós já estamos mais do que habituados relativamente aos serviços do nosso Estado: espera, desorganização, imprevisibilidade e um sistema público cronicamente incapaz de cumprir a sua função básica.
Não se trata de uma exceção; esta é a regra. Neste país espera-se e desespera-se por tudo. Espera-se por um médico, por um professor, por uma decisão judicial, por uma investigação criminal, por uma consulta, por uma licença, por uma resposta do Estado. Seria quase estranho que, no aeroporto mais internacional do país, o tão badalado hub, o controlo de fronteiras funcionasse como funciona em Singapura: rápido, silencioso,........