Tinha um bar no meio do caminho

“Em uma época na qual as redes sociais encastelam as pessoas, fechando-as no que chamam de ‘bolhas’ e quando discordar pode ser um pecado capital, o bar é justamente o contrário. É ali que se abrem as portas para o inusitado, arena na qual os diferentes se encontram e aquela tal democracia parece até mais do que uma palavra esvaziada de sentido.

São lugares afetivos que muitas vezes se tornam o nome do dono, como lembra o Mouzar em uma das crônicas que compões este livro. ‘Vamos lá no fulano’ se torna uma expressão mágica, senha para aquele fim de dia amargurado que vai ter a redenção perto de um balcão, em uma mesa de plástico, alumínio ou em um engradado vazio que vira cadeira.

Dali saem sonhos, revoluções que nunca vão ver a luz do dia, ideias geniais, ideias geniais que não chegam à porta de saída... E histórias. Muitas histórias contadas aqui trazem personalidades de uma metrópole como São........

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