Um jornalista escreveu no antigo Twitter, que estava muito impactado com a morte de Wakewska, campeã olímpica de vôlei, muito provavelmente por suicídio. Ela caiu ou se atirou do 17º andar do prédio em que vivia. O colega disse que toma remédios contra a ansiedade e que não conseguiu fugir do pensamento: "se ela, uma estrela do esporte, não conseguiu, como eu vou conseguir"?
Existe uma aura de infalibilidade cercando as figuras conhecidas. Seja na música, política, ou esporte, seriam super-herois, pouco afeitos às agruras da vida de pessoas comum, como nós.
É um grande erro pensar assim e talvez a necessidade de se comportar como um exemplo, como alguém acima das coisas terrenas, seja o gatilho para pensamentos e atos extremados.
Valdemar Vitorino foi um grande jogador uruguaio. O artilheiro da Celeste nos anos 80. Foi dele o gol do título do Mundialito de 1981 contra o Brasil. Grande ídolo do Nacional, cometeu suicídio há poucos meses. Tinha problemas financeiros e pulou do quinto andar de seu prédio. Em fevereiro de 2021, Santiago "Morro" Garcia, centroavante que chegou a atuar no Athetico Paranaense, cometeu suicídio. Seu corpo foi encontrado sem vida, ao lado de uma arma. Jogava no Godoy Cruz, da Argentina,
Alisson, um dos destaques do São Paulo campeão da Copa do Brasil, disse, com detalhes à ESPN, que pensou em se matar há poucos meses. Foi salvo pela atuação decisiva de sua mulher de Luciano, Luan e Mayke, do Palmeiras, seu amigo desde os tempos de Cruzeiro. Também foi ajudado pela psicóloga do São Paulo.
Jornalistas tiveram um bom papel nesse caso. Muitos sabiam que ele estava com depressão e mantiveram o off por todo o tempo necessário. Nada foi publicado o que, imaginem, poderia ter sido um gatilho para um ato desesperado.
O setembro amarelo, mês dedicado à casos de depressão, terminou, mas a mensagem deve continuar: depressão não é frescura. É algo muito grave e que precisa ser enfrentado. Uma rede de apoio é extremamente útil e necessária.
Alisson teve rede de apoio que faltou a Walewska
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02.10.2023
Um jornalista escreveu no antigo Twitter, que estava muito impactado com a morte de Wakewska, campeã olímpica de vôlei, muito provavelmente por suicídio. Ela caiu ou se atirou do 17º andar do prédio em que vivia. O colega disse que toma remédios contra a ansiedade e que não conseguiu fugir do pensamento: "se ela, uma estrela do esporte, não conseguiu, como eu vou conseguir"?
Existe uma aura de infalibilidade cercando as figuras conhecidas. Seja na música, política, ou esporte, seriam super-herois,........
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