O presidente Lula decidiu não falar durante o G-20 da descoberta do plano golpista formulado por militares no apagar das luzes do governo Bolsonaro. Resolveu não intervir no calor da hora contra um seleto grupo palaciano que, até aqui, envolve o ex-ministro da Defesa e candidato a vice Braga Netto, um general e uma penca de oficiais graduados do Exército, chancelados pela sempre disponível pena do jurista Ives Gandra Martins. Evitando dar qualquer explicação ao país, o presidente cancelou em cima da hora uma coletiva marcada para a tarde do encerramento da cúpula, sem maiores explicações.
O governo pode ter perdido uma oportunidade de ouro para escancarar as dimensões políticas do caso, para isolar internamente a extrema direita e para lançar mundialmente uma campanha de denúncia da ascensão global do neofascismo. É algo estranho, pois não é todo dia que se escancara um plano golpista para assassinar um presidente da República, seu vice e um membro da suprema corte em qualquer país do mundo.
Uma intervenção de Lula criaria no país o ambiente propício para tirar a Justiça da letargia diante dos crimes de........