Edison, a Enel e o breu

No O Senhor dos Anéis, águias salvam Frodo e Sam. Em O Conde de Monte Cristo, uma carta resolve magicamente a vida do herói. Em Nárnia, Aslan ressuscita e vira a batalha. Por que na minha crônica, Thomas Edison, o inventor da lâmpada, não poderia aparecer em meu apartamento justamente no dia em que a Enel me deixava há 30 horas sem energia elétrica?

Pois surgiu.

Olhei para trás e lá estava ele: de colete e com uma expressão meio ofendida, como se eu tivesse apagado a luz da casa dele.

— Meu amigo, disse ele, acendendo uma lâmpada que tirou do bolso como quem puxa uma carteira — Ouvi dizer que você está às escuras há trinta horas. Procede?

— Procede, mestre. Inclusive já........

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