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Acabo de voltar de uma viagem de 15 dias à China a trabalho, como jornalista, na minha primeira visita — e espero que não seja a última — ao país. Coincidência ou não, o tour por algumas cidades de diferentes províncias acontece justamente quando Brasil e China comemoram 50 anos de relações diplomáticas, assegurando uma relevante parceria comercial e também cooperação tecnológica e cultural. A história começou ainda em governos militares no Brasil e avançou a passos largos, no processo de redemocratização por aqui.
Para quem supõe, mas ainda não se debruçou na análise dos dados, a China é hoje — e desde 2009 — o maior parceiro comercial do Brasil: nos últimos sete anos, o país tem sido o maior fornecedor externo de alimentos para os chineses, contribuindo para sua segurança alimentar. Em 2023, o comércio bilateral atingiu o recorde de US$ 157 bilhões, com superavit brasileiro inédito (a diferença entre exportações e importações) de US$ 51 bilhões. As exportações do Brasil para aquele país somaram US$ 104 bilhões, superando o somatório das vendas para os Estados Unidos e para a União Europeia.
O Brasil vende de tudo um pouco para lá: desde soja, carnes e minério de ferro até frutas e produtos manufaturados. Na mão inversa, compra desde variadas roupas para uso pessoal, no e-commerce, e todo tipo de miudeza, até aço e diversos itens de altíssima tecnologia, como placas para computador e robôs industriais. É um comércio ganha-ganha, com geração de divisas e desenvolvimento sustentável para ambos os lados.
Muitas vezes usamos um produto Made in China (ou RPC – República Popular da China) sem sequer saber! Levei pequenas lembranças de boas-vindas do Rio de........