Lisboa merece uma câmara municipal que funcione
Esta semana, num raro momento de atenção mediática no qual o foco do escrutínio da opinião pública se virou para si, Carlos Moedas foi tropeçando nas suas narrativas de culpabilização do passado, vitimização e incoerência. Confrontado com os factos e as comunicações com a empresa JCDecaux, acabou por abandonar a Assembleia Municipal de Lisboa, sem prestar as devidas contas ao órgão fiscalizador da câmara.
O caso dos ecrãs publicitários gigantes, além da onda de indignação pública, pouco ou nada traz de novo acerca da forma como funciona a Câmara Municipal de Lisboa (CML) sob a gestão de Moedas. Este mandato, como muitos foram aliás alertando, foi sempre marcado pela falta de ambição e pela falta de visão estratégica, por um lado, e pelo abandono, puro e simples, de funções não propagandeáveis como a coordenação de serviços e a fiscalização, por outro.
Se é difícil que uma cidade evolua sem uma estratégia, é impossível que funcione sem fiscalização. Apesar de em áreas como a Higiene Urbana o problema residir na falta de acompanhamento e coordenação de serviços, torna-se evidente que as principais causas do estado de abandono da cidade resultam da falta de........
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