Andava a evitar como evito o dentista, até ser necessário, isto é, até não poder de dor na gengiva porque não quero arrancar o dente do siso que me falta. Não quero aquela agulha da anestesia a furar-me o céu-da-boca, não quero ficar a babar-me para cima de uma bata verde de celofane enquanto um dentista simpático de Crocs tenta fazer conversa comigo e eu ali naqueles preparos, não quero aquele aspirador de cuspo a aproximar-se, não quero aqueles copinhos pequeninos, nem a sensação de retroescavadora dentro da minha boca, e o sermão que me dão porque não há maneira de abrir a boca o suficiente, não quero ter de........