Distopia por omissão: quando a IA acelera e o pensamento crítico não acompanha |
A inteligência artificial dá-nos uma nova tentação: delegar o esforço de pensar. Tarefas que antes pediam tempo e cabeça chegam prontas — e o nosso cérebro, poupado por natureza, agradece o atalho. Quando isto encontra um mundo com mais informação e mais velocidade do que capacidade de processamento, a política muda de terreno: decide-se por impulso e por feed, não por debate. A psicologia descreveu há muito esta poupança de esforço: usamos atalhos para conservar energia; quanto mais pressão e estímulo, mais tentador é o caminho rápido. Evidência recente reforça o alerta: Em estudos publicados recentemente, mensagens geradas pelo GPT- 4 e ajustadas ao perfil do leitor levaram mais pessoas a mudar de posição do que mensagens escritas por humanos. Para além disso, com um agente de IA a moderar a conversa, grupos polarizados chegaram a mais propostas partilhadas do que sem esse apoio, também revela a investigação mais recente.
Em paralelo, a competência de pensamento crítico — que pode ser entendida como uma forma de pensamento para produzir julgamentos,........