COP29: longe de um clima de mudança
Apesar de algum descontentamento, a 29.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas – COP29 não deixou de ser uma reunião essencial num exercício anual de multilateralismo num quadro geopolítico difícil. Muito tem de mudar nesta concertação entre países, os apelos são crescentes e não há volta a dar à constante desilusão de estarmos a lidar com muito pouca urgência e meios com uma crise climática de consequências avassaladoras. Não se trata de ser ou não catastrofista – basta constatar o que se passa em nossa casa ou bem perto, com as cheias em Espanha ou os incêndios e as secas em Portugal.
Os países desenvolvidos têm sido responsáveis por uma maioria significativa das emissões de gases com efeito de estufa (60–70%) das emissões cumulativas de dióxido de carbono desde a Revolução Industrial: os Estados Unidos com aproximadamente 25% e a União Europeia (incluindo o Reino Unido) com 22%. China e Índia, hoje emissores significativos, contribuem historicamente com 16%, embora as suas emissões estejam a aumentar rapidamente.
Os interesses dos combustíveis fósseis tiveram uma forte influência........© PÚBLICO
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