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Quando a tecnologia e o preconceito rompem o ritmo do futebol

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10.11.2024

Os artigos escritos pela equipa do PÚBLICO Brasil são escritos na variante da língua portuguesa usada no Brasil.

Acesso gratuito: descarregue a aplicação PÚBLICO Brasil em Android ou iOS.

Depois de um fim de semana esportivo, muitos de nós, torcedores apaixonados por futebol, acordamos não apenas comentando as jogadas ou comemorando as vitórias, mas debatendo as decisões do VAR. Esse “personagem” moderno, que se instalou no coração dos estádios, parece roubar a cena e deixar para trás as jogadas que antes definiam o jogo. Hoje, ao invés de soltarmos o grito de gol sem hesitação, congelamos. Esperamos, quase sem respirar, que a máquina entregue seu veredicto, enquanto o pulsar das arquibancadas se dissolve na espera.

O VAR trouxe para o futebol uma busca por precisão que transforma o erro em um vilão a ser combatido, mas, ironicamente, ele próprio erra — e erra de uma maneira fria, sem a emoção e a falibilidade que fazem do futebol uma arte. Onde antes o erro do juiz gerava debates inflamados, agora, temos uma decisão gelada e impessoal. Se o futebol é poesia em movimento, o VAR é a........

© PÚBLICO


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