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Em tempo de tarifas não desperdiçar oportunidades

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17.04.2025

Durante décadas, a economia portuguesa cresceu num quadro global relativamente estável, no qual a União Europeia e os EUA partilhavam uma lógica de interdependência. A UE aceitava a centralidade do dólar nas transações internacionais e, em troca, beneficiava da proteção estratégica dos EUA, o seu “guarda-chuva” nuclear. Esse equilíbrio está hoje posto em causa. A eleição do Presidente Trump, com o consequente reforço de políticas protecionistas, nomeadamente a imposição de tarifas sobre produtos europeus são sinais claros de que os EUA se estão a reposicionar para defender os seus estritos interesses, mesmo entre aliados históricos.

Neste novo contexto, mais fragmentado e competitivo, a UE tem de se afirmar como uma potência económica autónoma, com uma base industrial forte, moderna e atrativa. Isso exige muito menos burocracia, mais coordenação interna e uma nova........

© Observador