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A Boa Esperança

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08.12.2023

Noutro Dezembro mas de 1807, escrevia Napoleão Bonaparte a Junot que então ocupara, ao que parecia facilmente, Lisboa: “Não tem nenhum conhecimento do génio dos portugueses. Vigie os soldados do exército (entretanto desmantelado) quando voltarem para as suas casas, caso contrário formarão núcleos no interior e será vergonhosamente expulso se nada fizer“. Sabemos hoje que, a bem aqui da Pátria, não o ouviu o general e que razão tinha o Imperador. A resistência aparece quase desde o primeiro momento, esperando liderança, ao princípio mais passiva, menos organizada e depois tão forte como o era a barbárie física e moral que naqueles anos terríveis os portugueses suportaram e superaram. Com a corte no Brasil, com grande parte da suposta elite distante dos interesses portugueses e vendida aos franceses, foi........

© Observador


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