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Uma diferença de caras já não basta

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29.03.2025

Eis o que constava, até há uns meses: o plano do governo era repetir Cavaco Silva em 1987, arrancar a maioria a um eleitorado irritado com o obstrucionismo das oposições. Havia quem, céptico, notasse diferenças entre o país optimista e próspero de 1987 e o país preocupado e trôpego de 2025. Nada abalava a estratégia governamental. Mas isto era antes. Agora, o paradigma histórico parece outro. Não já Cavaco Silva em 1987, mas José Sócrates em 2009: ganhar as eleições, graças a um eleitorado a quem importa mais um aumento de pensões do que a idoneidade do chefe do governo. Um paradigma de desespero, perante os incidentes que Luís Montenegro, por sua opção, provocou? Acima de tudo, um paradigma coerente com a presente governação.

Este governo atesta duas coisas. A primeira é o trauma do PSD com o domínio do PS. Esse trauma poderia ter levado o PSD a tentar desmontar o “sistema” em cima do qual os socialistas ergueram o seu domínio. Foi........

© Observador