Síria: já chega de derrotismo ocidental
Há anos que o ditador Assad, amparado pela aviação de Putin e pelas milícias do Irão, movia uma guerra sem quartel à população da Síria. Quando apertado, não hesitou em usar armas químicas contra as cidades em rebelião. Até que, no fim de semana passado, subitamente, Assad fugiu para Moscovo. Nas ruas, os sírios festejaram. Mas nos estúdios do Ocidente, os sábios de serviço puseram as suas caras mais pesarosas, e vieram recomendar-nos grandes colheradas de angústia e de apreensão. Um tirano sanguinário caiu? Fechem portas e janelas, que o mundo ficou mais perigoso.
É preciso uma grande paciência para aturar o comentário ocidental. Tem lá dentro uma espécie de máquina de perder, que nos quer convencer de que o Ocidente nunca pode ganhar, ou que, quando parece ter obtido uma vitória, é apenas o prelúdio de uma catástrofe maior. Dá-nos ideia de como o problema ocidental não é propriamente de força, mas de vontade: a força........
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