As Presidenciais estão agora na sua volta zero: nomes são testados em sondagens em busca de dois dígitos — sem vírgula no meio — que lhes possam dar força mediática. De todos os nomes, menos de metade vão sobreviver até à primeira volta, que ao contrário da maioria das eleições anteriores será fortemente condicionada pela perspetiva de uma segunda volta. A desforra eleitoral só aconteceu uma vez na história da democracia, em 1986, quando o país se dividiu entre esquerda e direita. Neste caso, ninguém sabe se a polarização será entre um anti-sistémico moderado e a direita moderada, entre um anti-sistémico moderado e a esquerda moderada ou entre um anti-sistémico moderado e um anti-sistémico de direita populista.
À partida, Henrique Gouveia e Melo está bem posicionado para passar à segunda volta, já que tem liderado de forma consistente muitas sondagens. É um caso sério. A fragmentação das escolhas em candidatos oriundos da mesma área política, e até do mesmo partido, favorece o Almirante quer nas sondagens, quer na primeira volta. As sondagens são boas, mas não perfeitas. Gouveia e Melo ainda não conseguiu melhor que 23,2%, o que sugere que terá muitas dificuldades a vencer à primeira volta.
Outra coisa que se tem revelado fundamental em presidenciais anteriores é o apoio dos partidos que, quando é formal e público, não é........