Não, a política não é para todos
O país precisa de uma nova forma de fazer política. De uma nova forma de governar.
A meses de se assinalar o 50º aniversário do 25 de abril, Portugal afundou-se numa crise política. Mas aquilo que nos deve preocupar não é esta crise política em particular, mas sim aquilo que nos fez chegar aqui, a este estado e desta forma.
Os sinais têm vindo a ser ignorados por todos, em particular pela classe política e ao longo da última década.
Não foi com esta crise que percebemos a forma irresponsável com que alguns gerem e governam o que é de todos. Não foi só hoje que percebemos o vazio de capacidade técnica e conhecimento que muitas vezes reina nos gabinetes ministeriais e no estado, central e local, de uma forma geral. E também não foi só hoje que percebemos que muitos daqueles que aceitam a nobre missão de servir a causa pública, ultrapassam não poucas vezes linhas vermelhas, pondo em causa os principais valores da democracia. O momento é de não retorno. Temos necessariamente que mudar a nossa forma de viver a democracia. A classe política, os partidos, têm a obrigação de parar de ignorar aquilo em que muitos se........
© Observador
visit website