Tudo indicava que o verão de 2024 fosse tranquilo em matéria de incêndios. Até o dia 31 de agosto, Portugal registava apenas cerca de 10.000 hectares de área ardida – o melhor resultado desde 2014. Porém, esse cenário mudou drasticamente na segunda quinzena de setembro. Em menos de uma semana, o número de ignições disparou, e a área devastada pelo fogo aumentou dez vezes em comparação com as semanas anteriores. O governo declarou estado de calamidade.
A região Norte foi fustigada pelas chamas. Foi sobretudo atingido o distrito de Aveiro, com incêndios intensos nos concelhos de Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Sever do Vouga. O incêndio de Oliveira de Azeméis, em particular, reacendeu-se após ter sido aparentemente controlado no dia anterior, voltando a ganhar força destrutiva. Longe de ser um caso isolado, o que ocorreu em Oliveira de Azeméis é o reflexo de uma realidade recorrente no país: os reacendimentos.
Os reacendimentos surgem quando o rescaldo de um incêndio é feito de forma deficiente, sendo muitas vezes causados pela........