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Inércia e Ineficácia: A ONU e o Eco da Sociedade d

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06.10.2024

O debate na esfera da comunicação social transformou-se numa disputa semântica sobre ‘ataques’ e ‘retaliações’, especialmente no contexto do Médio Oriente. Desde a criação do Estado de Israel, em 1948, a História revela um padrão inegável: os países vizinhos, movimentos de resistência e/ou organizações terroristas têm sido os responsáveis pelo início dos confrontos. Desde a Guerra dos Seis Dias, passando pelo Yom Kippur, da Primeira e Segunda Intifadas até à Guerra do Líbano de 2006, esta realidade histórica é fundamental para entender a dinâmica actual da região e as narrativas que emergem desse conflito.

As declarações do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, após os eventos de 7 de Outubro, suscitaram preocupações sobre a sua abordagem e a eficácia da organização que lidera. Ao afirmar que o ataque do Hamas “não ocorreu no vazio”, Guterres fez um julgamento sumário do conflito, desprezando a exigível equidistância inerente ao cargo que ocupa. Insinuou que havia justificação para essa agressão, uma posição que é problemática e perigosamente ambígua. Ademais, a sua incapacidade de condenar de forma clara o Irão após o ataque de 1 de Outubro contra Israel apenas reforça a ideia de uma hesitação que pode ser interpretada como um encobrimento de........

© Observador


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