Não sei para onde vou, mas sei que não vou por aí

Tenho assistido aos debates televisivos entre os candidatos a Primeiro(a)-Ministro(a) de Portugal e, confesso, brota algum dissabor pelo facto de os temas serem, grosso modo, os mesmos, de igual identidade, pese embora em canais televisivos diferentes e, claro está, com jornalistas também eles diferenciados.

Como Advogado, esperava ver debatido o tema da justiça o qual, com lamento próprio, tem ficado ao arrepio e alheamento dos interlocutores e moderadores.

Que a justiça não está bem, é consabido por todos. Que os partidos apresentam medidas para ela, já não o será. Entenda-se, seria difícil a um cidadão eleitor ler (haja paciência) todos os programas eleitorais.

Em função disso, não seria pior que a justiça e as formas propostas por cada partido para sanar os seus imensos problemas constituísse, de per se, tema singular entre os demais que teimam persistir, como sejam a habitação, a imigração, a corrupção, a saúde, a educação, etcetera. É que sobre estes últimos, em rigor, já se sabe o que pensam os candidatos e pô-los a dirimir os mesmos temas ainda que com pessoas diferentes torna-se cansativo e pouco rendoso.

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