As tardes de aldeia, tão distantes e ao mesmo tempo tão presentes na memória, ecoam como um convite a revisitar as raízes. Tenho saudades do povoamento perdido na raia beirã. A terra é Salvaterra do Extremo, desenhando a fronteira com a Extremadura espanhola. Passava grande parte do verão naquele pedaço de céu esquecido, dentro do já recôndito retângulo “à beira-mar plantado”. O meu avô só era feliz ali. Capitão do Exército reformado, encontrava na paisagem da meseta ibérica um refúgio do rodopio insano dos subúrbios da Grande Lisboa.
A minha avó, natural de uma terra vizinha, Rosmaninhal, tinha uma relação diferente com as suas origens, não partilhando o mesmo........