Chega de gestores desqualificados partidários
Em países bem-sucedidos os profissionais qualificados tecnicamente gerem empresas e entidades públicas da sua área tecnica. Chegam ao topo destas através da sua capacidade tecnica e excelentes resultados, passando a gerir outros profissionais qualificados da mesma área. Exigem e impõem competência tecnica porque a têm. Por exemplo a maior empresa de engenharia eletrotécnica do mundo, a NVDIA dos chips de inteligência artificial, é gerida por um engenheiro eletrotécnico com excelentes resultados anteriores em empresas desses chips, e está repleta de tais engenheiros. O ministério da energia dos EUA é liderado por um mestre em engenharia elétrica do MIT que fundou companhias de energia (por contraste expectável, o comissario da UE da energia é… cientista político).
Em Portugal muitas empresas públicas são geridas por não qualificados tecnicamente na área da empresa. Chegam ao topo sempre que o seu partido ganhe eleições. Os seus maus resultados não são avaliados e não os impedem de serem promovidos. A restante equipa de liderança é nomeada da mesma forma logo é igualmente parca nas necessárias competências técnicas. Contratam internamente amiúde usando mais critérios políticos e/ou nepotistas do que de mérito, restando poucos funcionários públicos qualificados. Não há incentivos para obter qualificações técnicas e estar atualizado porque demasiadas nomeações, contratações e promoções advêm da política. Assim, subcontratam muito do trabalho técnico, mesmo o mais crucial, não porque essa seja necessariamente a opção mais racional e de melhor custo-benefício (que poderia ser noutras circunstâncias), mas simplesmente porque poucos internamente sabem o que fazer.
Demasiadas vezes tais subcontratações são também elas contaminadas por ligações políticas, pelo que temos dose dupla de política e ausência de excelência tecnica. Há ainda dose dupla de despesa por um mau serviço para os contribuintes pois as subcontratações acontecem apesar de já pagarem bem a muitíssimos gestores e funcionários públicos. Ao contrário de terem engenheiros e outros profissionais qualificados como médicos, mecânicos especializados, etc., as nossas empresas e demais entidades públicas têm excesso de gestores e funcionários de topo advogados, sociólogos, politólogos ou outros generalistas licenciados em humanidades. Sem competências técnicas relevantes para a área em que trabalham, demasiados passam a carreira a levar as empresas ou entidades publicas para enormes dificuldades, excessivas subcontratações inadequadas, maus ou trágicos serviços para os utentes e frequentes injeções financeiras pagas pela nossa enorme carga fiscal.
Assim em Portugal continuamos a assistir e já assistimos a tudo o que de previsível advém da incompetência tecnica e esbanjamento de impostos por influência política. Nos arredores de Lisboa vimos água cheia de lama, que parecia vinda dum pântano (literal e metafórico) a jorrar de torneiras servidas por uma empresa subcontratada. Isto apesar do muito dinheiro publico que para lá jorrava e cargos para gestores partidários e família (sejamos claros: não eram engenheiros hídricos, eram “boys” políticos). Em Pedrogão, vimos e um sistema de comunicação de emergência subcontratado para fogos a não funcionar durante fogos mortais apesar dos 700 milhões de euros que custou (será que para engenheiros de telecomunicações?), helicópteros subcontratados para apagar fogos que raramente........





















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