O AVC nos hospitais: quando os doentes regressam
Quando um doente com um Acidente Vascular Cerebral (AVC) regressa ao hospital para ser reinternado a angústia e ansiedade dos seus familiares, mas também a preocupação da equipa de saúde que o acompanha aumentam de forma considerável, para já não falar no impacto negativo que esta nova admissão poderá ter sobre a sua saúde física e mental e na qualidade de vida. Para além das consequências negativas para o doente e as suas famílias, as readmissões também são consideradas dispendiosas.
De facto, uma recente revisão sistemática rápida estimou que, no primeiro ano após um AVC, os custos de readmissão podem representar até um quarto dos custos totais relacionados com esta doença, exercendo, desta forma, uma pressão acrescida sobre os sistemas de saúde.
Nos primeiros anos após um AVC, o risco de um doente ser readmitido é especialmente elevado. Este risco decorre não apenas do AVC per se e das suas sequelas, mas também das características individuais de cada doente, do agravamento de doenças preexistentes e das complicações associadas ao AVC, como quedas ou infeções do trato respiratório e urinário.
As readmissões, além de frequentes, podem ser o reflexo de uma população envelhecida e afetada por várias doenças crónicas ou, por outro lado, resultar de problemas que podem surgir durante os cuidados prestados no internamento, durante o período de transição entre os cuidados hospitalares e extra-hospitalares (e.g. cuidados........
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