A geometria variável do ativismo moral
Vivemos numa época em que a moral se tornou espetáculo e a indignação, um reflexo condicionado. As causas multiplicam-se, mas nem todas geram o mesmo ruído. Há tragédias que mobilizam multidões e outras que passam quase em silêncio.
Basta observar o mapa recente da indignação global. Milhares saem à rua para apoiar Gaza – e é legítimo que o façam. Mas onde estavam as mesmas vozes quando milhões morreram no Iémen, no Sudão ou na Síria? Para esses, não houve flotilhas, hashtags, nem diretos nas televisões. A moral, ao que parece, tem uma geometria variável.
Não há nada de novo na empatia seletiva. O cérebro humano não foi moldado para sentir por todos, mas por alguns – os que reconhece como próximos, semelhantes, familiares. É um instinto antigo, inscrito na nossa história evolutiva. Em grupos pequenos, a empatia servia para proteger “os nossos”........





















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