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O “bar aberto” das cirurgias extra  

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21.11.2025

Ninguém terá ficado surpreendido com as conclusões do relatório da Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS) feito na sequência da revelação das quantias avultadas pagas por cirurgias adicionais.

O caso do dermatologista Miguel Alpalhão, que facturou cerca de 400 mil euros em dez sábados de trabalho extraordinário, é o mais chorudo, mas não é isolado. Outros dois dermatologistas do mesmo serviço do Hospital de Santa Maria faturaram mais de 200 mil euros em cirurgias extra em apenas dois anos.

O relatório confirma também que foram violadas as regras mais básicas de qualquer organização: quem faz não confere. Foi o mesmo clínico a emitir e aprovar as propostas para a realização de cirurgias em regime extraordinário e a classificar o seu grau de complexidade, fundamental para determinar os valores a pagar. Numa frase, o médico decidiu unilateralmente........

© Observador