Onde não há visão sobram culpados ou endeusados
No dia 18 de maio Portugal vai outra vez a votos. Mais uma vez ouvimos promessas repetidas e acusações fáceis. Assistimos a uma campanha centrada em culpados, promessas eleitoralistas e cultos de personalidade. Faltam ideias estruturantes, coragem reformista e pensamento estratégico para responder aos desafios do país.
A extrema-esquerda escolheu os “ricos” como inimigo de estimação. Numa campanha agressiva, o Bloco apostou tudo na retórica da inveja: taxar fortunas, penalizar património e diabolizar os lucros. Como se o crescimento económico fosse um jogo de soma zero.
O verdadeiro desafio não é tirar a quem cria riqueza. É criar condições para que mais pessoas possam fazê-lo. Empreender, inovar, investir. O foco deveria estar em fazer crescer o bolo e não apenas em distribuir as migalhas.
Do outro lado, a extrema-direita canaliza o descontentamento para os imigrantes. E fá-lo com perigosas insinuações sobre nacionalidades específicas. Explora o medo, alimenta o preconceito e ignora........
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