Em contramão |
Em plena crise demográfica, com o índice de fecundidade em 1,4, aproximadamente 30% abaixo do valor mínimo de substituição da população (2,1), o Governo apresenta alterações à Lei Laboral que reduzem o apoio à maternidade.
Com especial falta de senso, e particular mau gosto, a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria Rosário Palma Ramalho, veio a público dizer que é necessário moralizar o regime de amamentação “as mães não podem amamentar até aos 6 anos”.
No regime de amamentação, ou nas 2 horas diárias de redução no horário de trabalho que proporciona às mães, está incluído todo o apoio e cuidado que uma criança exige nos primeiros anos. Está incluída a preparação de refeições, a atenção, o carinho, tudo o que só uma mãe pode dar. Não há alternativa ao cuidado materno.
Exigir um atestado médico, a apresentar de 6 em 6 meses, é ignorar tudo o que a maternidade encerra. Mas, mesmo para quem quer reduzir a amamentação a um simples acto, é de uma violência sem classificação exigir que a mãe vá ao médico comprovar que ainda está capaz de amamentar. Tudo isto é tão mau que até seria bizarro se fosse proposto um qualquer partido da esquerda........