Desigualdade – Um paradoxo
A desigualdade económica é, sem dúvida, um dos grandes dilemas éticos e sociais da actualidade. É vista frequentemente como um problema a ser combatido – e bem – quando leva à fome e à pobreza extremas e quando afecta biliões de pessoas. Contudo, paradoxalmente, essa mesma desigualdade também cumpre um papel importante, pois é um dos motores que impulsionam a inovação, o desenvolvimento económico e a diferenciação.
O problema não é existirem classes sociais (pois precisamos da vontade de ascender na vida), mas sim existirem classes miseráveis. O problema não é existirem ricos, mas existirem pobres. Se à classe média pouco importa que existam ricos, a quem passa fome a desigualdade é intolerável.
Uma sociedade igualitária não é, como almeja a esquerda, uma sociedade em que todos têm a mesma quantidade de capital. Veja-se o exemplo cubano em que há igualdade na miséria e nem aí o sistema é igual entre povo e classe política/militar.
O importante, na verdade, é criar as condições para que se crie mais riqueza, ao mesmo tempo que se reparte o que se cria, de modo a que ninguém fique para trás. O modo Robin dos Bosques ideológico à la Bloco de Esquerda e PCP, de tirar aos ricos e dar aos pobres, de nada serve. Passo a explicar.
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A Ilusão da Distribuição Igualitária da Riqueza
Imaginemos um cenário utópico no qual todo o dinheiro do mundo é distribuído de forma igualitária entre cada habitante. De acordo com estimativas, o valor total de riqueza no mundo........
© Observador
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