A introspecção
No Carnaval as pessoas acorriam aos armários e às lojas de disfarces e vestiam-se de outras pessoas ou animais: de dama antiga e de macaco, de campino e de almirante. Nenhuma loja porém alugava fatos de coisas, de instituições, de sensações ou de estados de alma. É ainda hoje quase impossível encontrar um fato de Pirâmide, de Fábrica ou de Pressentimento. Estas dificuldades logísticas não excluem que haja quem em situações especiais goste de se vestir com atavios menos comuns, que não se encontram nas lojas e nos armários.
É caso que de vez em quando nos vestimos de sociedade comercial. O que fazemos nessas alturas não é tanto comércio como a repetição de um costume antigo das sociedades comerciais: o fecho para balanço. A prática do fecho para balanço foi........
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