A doce vingança da geringonça
No lendário ano de 1986, a eleição mais importante não aconteceu na segunda volta das presidenciais — aconteceu na primeira. Claro: na segunda volta decidiu-se se o Presidente da República seguinte seria Mário Soares ou Freitas do Amaral. Mas, nessa altura, a escolha já era entre dois defensores de uma democracia ocidental. Na primeira volta, não: tudo foi mais dramático e determinante porque estava em causa saber se a esquerda portuguesa — e, dentro dela, o PS — ia ser social-democrata, revolucionária ou basista.
Mário Soares era o candidato do aparelho do PS e queria impor o socialismo democrático a uma esquerda que fora derrotada pelas armas poucos anos antes. Salgado Zenha, que tinha sido o melhor amigo de Soares, era agora o candidato de Ramalho Eanes, o maior inimigo de Soares. Pior: depois de acolher com desvelo o apoio do PRD (o partido do ainda Presidente da República), aceitou um empurrão do........





















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