Qual deles é ele? (e uma despedida breve)
1 E pronto. Nasceu um centrista. Novo em folha, eu própria me espantei e disse publicamente que “não conhecia aquele senhor”. Aprumado, educado, fluente, sorridente. Tão novo que ainda cheirava a verniz da única demão que conseguiu levar do marketing antes da nova temporada eleitoral. Mas sim e doa a quem doer, é verdade que Pedro Nuno Santos não surgiu aos olhos menos experimentados como totalmente desconvincente na sua nova encarnação política – ah o marqueting… – e eu também o disse. (Desconvincentes são os socialistas de forma geral, quer governando, quer opondo-se a governações alheias). A propósito de novo centrista, convém evocar algumas coisas, para quem tenha pouca memória e se deslumbre com “novidades” armadilhadas:
E já agora para quem não tenha memória nenhuma, Santana Lopes, acusado por Pedro Nuno Santos de “trapalhadas” no seu governo, foi à agenda pessoal e política de “trapalhadas” do próprio Pedro Nuno, quando era ministro de António Costa, que aliás (agora sou eu que lembro) o convidou a sair mal pôde.
Para esses totalmente desmemoriados, cito as trapalhadas devolvidas por Santana a Santos: “nenhum ministro meu se esqueceu de ter autorizado uma indemnização de meio milhão de euros”, nem nenhum ministro foi desautorizado pelo primeiro-ministro depois de ter feito um despacho infantil (sobre o novo aeroporto) como se fosse o único a decidir; nem os colaboradores andaram à pancada no........
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