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A raça da esquerda

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25.04.2025

O Dia Internacional Contra a Discriminação Racial fixou-se a 21 de Março. Em Abril os partidos apresentaram na Assembleia Municipal de Lisboa os seus documentos, a sua retórica, e a sua demagogia. Quais partidos? A esquerda, claro: Livre, PEV e PS. O documento do PS era sofrível: com um esforço patriótico de boa vontade conseguia-se ignorar a menção ao “racismo institucionalizado”; e a mania dos “programas comunitários”, das “campanhas educativas”, dos “educadores” em matéria de costumes, e dos “activistas”. O deputado municipal médio conseguia encher o peito de ar e votar abstenção. O pior veio da extrema-esquerda.

“Pessoas racializadas”, é como a esquerda agora designa as minorias étnicas. Um truque, típico da retórica sofística da seita, que assim recusa a expressão objectiva e já não designa os indivíduos. Designa os outros, os “racistas”, os que destratam as minorias étnicas. Que obviamente, no entender da esquerda, somos todos. Nessa grande medida, a expressão “pessoas racializadas” pressupõe uma atitude discriminatória e estabelece uma acusação generalizada. Eis o “racismo estrutural”: somos culpados porque existimos, porque somos brancos e porque somos ocidentais. A expressão “pessoas racializadas” cai sobre nós como uma sentença transitada em julgado. E serve........

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