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É mais fácil exibir "humanismo"

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31.10.2024

Ninguém quis saber o nome do motorista Tiago em cujo colo os vândalos depositaram um cocktail molotov. O autocarro pegou fogo e Tiago também. Está internado em estado grave no Hospital de Santa Maria, e já sabemos que as queimaduras pelas chamas lhe vão deixar lesões para o resto da vida.

Como também ninguém quis saber o nome dos donos de vários carros que Odair Moniz, cabo-verdiano imigrado em Portugal, cadastrado por crimes de especial violência, e, segundo os peritos da televisão, “uma pessoa querida na comunidade”, abalroou para fugir à polícia. A morte dele deu pretexto à orgia de brutalidade primária e colectiva que incluiu o incêndio de vários carros particulares, caixotes do lixo, pneus expressamente “adquiridos” para o efeito, e dois autocarros da Carris, um deles conduzido pelo malogrado Tiago. Ao longo dos dias e noites seguintes a selvajaria afectou seis concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, com brutalidades registadas em sessenta esquadras de Lisboa, Loures, Amadora, Sintra, Cascais e Setúbal.

Tudo começou entre o Zambujal e a Cova da Moura, de um lado e do outro do famoso IC19, às portas de Lisboa. Concelho da........

© Observador


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