Separar o Reitor do Presidente: um tabu a quebrar

Durante demasiado tempo, continuámos a fingir que as universidades são templos do saber imunes às leis do mercado. Mas não são. Hoje, a educação é um bem transacionável. As universidades competem entre si por estudantes, professores e financiamento — nacional e internacional. Operam num mercado global de conhecimento. E, num mercado, quem não se adapta, desaparece.

É por isso que defendo, sem rodeios: as universidades portuguesas precisam de ser geridas por dois corpos de liderança autónomos — um Reitor e um Presidente.

O Reitor deve liderar o que é académico: o ensino, a investigação, a internacionalização, a liberdade intelectual. O Presidente deve gerir o que é empresarial: finanças, recursos humanos, contratos, parcerias, estratégia e sustentabilidade.
Dois líderes. Duas missões. Um objetivo comum: garantir que o conhecimento floresce num ambiente estável, profissional e competitivo.

Esperar........

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