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Ofensiva à la Xi Jinputin

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19.10.2025

Nas últimas semanas tornou-se difícil separar episódios isolados de um padrão deliberado. Drones não identificados caem sobre a Polónia, caças russos rasgam o céu da Estónia sem aviso, e aeroportos dinamarqueses e alemães fecham portas diante de objetos suspeitos. São episódios que não chegam a provocar baixas, mas que perturbam rotinas, obrigam a respostas militares e semeiam dúvidas na solidez da NATO. Putin não está a declarar guerra ao Ocidente — está a corroer-lhe os nervos, um incidente de cada vez.

Ao mesmo tempo, o Estreito de Taiwan mostra a versão asiática desse mesmo manual tático. O aumento continuado de incursões da Força Aérea Chinesa que atravessam a linha média do Estreito e que violam ou circulam persistentemente a Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) de Taiwan não é acaso nem mero exercício: é uma rotina cuidadosamente ensaiada. Em números, os cruzamentos e as entradas na ADIZ aumentaram de forma consistente nos últimos anos, transformando aquilo que antes era exceção em instrumento diário de pressão. A repetição cria habituação e corrói, lentamente, a percepção de separação entre os dois lados.

Há um nome académico para isto: “salami........

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