Com esta campanha eleitoral, o país acordou subitamente para o debate da coisa pública, depois de anos de adormecimento político. Mergulhados na suave música de António Costa, esquecemos que vivíamos em total ausência de governação, com excepção do muito meritório controlo do défice. Maravilhados em 2024 com a redescoberta da crispação política e já possuídos de algum entusiasmo, assistimos ao longo das últimas semanas a uma animada competição de trocadilhos e promessas, muito condicionados pelas sugestões de jornalistas e comentadores. Tem sido de facto entusiástica a participação de todas as forças políticas, da esquerda, da direita, ou dos respectivos extremos, nos leilões abertos para os aumentos do salário mínimos e das pensões, para as melhorias no SNS e o fim da crise da habitação. No entanto, nenhuma força política se deu ao trabalho de........