Zelensky e esperança frustrada no exército europeu |
A posição de Donald Trump relativamente à solução para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, designadamente a recusa norte-americana da adesão da Ucrânia à NATO e o facto de o inquilino da Casa Branca ter telefonado primeiramente a Putin e de ter combinado reunir com ele na Arábia Saudita, desagradou profundamente a Zelensky.
Confrontado com uma situação que o fragiliza interna e externamente, o ainda líder ucraniano percebeu que no Mundo de Múltiplas Ordens a oferta de uma situação privilegiada aos Estados Unidos na exploração de terras raras ucranianas pode não funcionar como moeda de troca suficiente para acautelar os interesses de Kiev. Daí o virar de agulha no sentido do reforço do apoio europeu e, por via disso, durante a recente Conferência de Segurança de Munique, o apelo à criação de um exército europeu, justificado com a ameaça de uma invasão russa de países da NATO.
Este alerta por parte de Zelensky constitui mais uma evidência do desnorte que se apossou de alguém que, talvez por deformação profissional, se julgou demasiado tempo com direito a assumir o papel de ator principal na arena internacional. A queda na realidade, resultante dos sucessivos desaires militares no terreno e da posição norte-americana que insiste na necessidade de a Ucrânia ir a eleições, está a ser muito difícil.
De facto, Zelensky finge........