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Presidenciais

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08.11.2025

Nas recentes eleições autárquicas quis-se ver um grande significado nacional. E como o Chega, a novidade, juntou a correr um ramalhete de personalidades que não tinham relevo, nem ligações locais, ou paraquedizou umas figuras nacionais que pareciam, e eram, depositárias de um palavreado ideológico que não falava em jardins, ou saneamento, ou recolha de lixos, ou habitação, ou IMI, o resultado foi relativamente medíocre.

Quando, como em Loures, o candidato do PS se cheguizou no discurso, num assunto que tinha importância local, ganhou. Mas como o PS não se vai, nacionalmente, cheguizar, nada verdadeiramente mudou em relação às últimas legislativas. A ideia de que regressamos ao bipartidarismo é assim wishful thinking e não mais do que isso. A menos que o PSD se dedique de alma e coração à tarefa de esvaziar o Chega comprando-lhe as bandeiras (coisa que evidentemente fez no problema da imigração), a tendência recente acentuar-se-á e em qualquer caso o PS vai fazer uma cura de águas duradoura para a Oposição, o que só lhe fará bem e a nós.

As presidenciais são vinho de outra pipa e põem às pessoas de senso um problema.

Depois de Marcelo de nenhum presidente se poderá imaginar que pode ser pior, donde até mesmo Marques Mendes, o mais marceléfilo de todos, pode ser incluído na lista de presidenciáveis. Nenhum, vírgula, que António Filipe ou Catarina Martins seriam piores, mas o primeiro é o simpático guardião de uma ideologia mumificada, e a segunda enfermeira de um doente em coma irreversível. Recentemente o Livre, achando que de candidatos quanto mais melhor, também apresentou o seu, esquece-me agora o nome. Ignoro neste momento se o PAN também apresenta candidato, dúvida que o meu Cacau poderia esclarecer – mas não estou para lhe........

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