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Os Cristãos da Terra Santa: entre a espada e a parede

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29.08.2025

1.O avanço do extremismo islâmico, assim como as confusões criadas pelo Ocidente, têm levado ao desaparecimento das comunidades cristãs no Próximo Oriente. No Iraque, antes da invasão americana e do posterior terror do ISIS, existiam cerca de um milhão e meio de cristãos. Dessas comunidades seculares, sobram hoje, na melhor das hipóteses, 250 mil. Na Síria, antes da Guerra Civil, a população cristã constituía cerca de 10% da população, um milhão e meio a dois milhões de pessoas. Hoje sobram 300 a 500 mil pessoas, que enfrentam neste momento nova perseguição pelo herói do Ocidente, Ahmed al-Sharaa. O Líbano, até à guerra civil, era um país maioritariamente cristão (cerca de 77% da população); hoje os cristãos não representam mais de 32%. A realidade objectiva, mas demasiadas vezes silenciada, é que, entre a violência e a perseguição, a presença cristã no Médio Oriente está a ser apagada.

2.Infelizmente esta perseguição aos cristãos não é caso único. Basta ver o que acontece na Nigéria, em Moçambique, na República Democrática do Congo, e noutra escala, no Paquistão, na Índia e na China, só para dar alguns exemplos. A infeliz verdade é que os cristãos são hoje o grupo mais perseguido........

© Observador