Há política para além de André Ventura
Estas eleições presidenciais têm algo de paradoxal. São as primeiras desde 2000 em que há sérias dúvidas sobre o vencedor e, quase seguramente, as primeiras desde 1986 em que haverá segunda volta. Isto deveria fazer destas eleições as mais interessantes em várias décadas, mas — e é aqui que entra o paradoxo — devem ser as que menos entusiasmo geram no mesmo período.
A causa para este desinteresse é bastante simples: a razão da segunda volta não é a abundância de candidatos de peso; pelo contrário, haverá segunda volta porque não existe nenhum candidato capaz de convencer suficientemente o eleitorado.
Não quero com isto dizer mal dos candidatos. É estimável que, num tempo em que o debate político vai descendo de qualidade, e se confunde escrutínio com devassa total da vida privada, ainda haja pessoas dispostas a concorrer a um cargo público. Mas, por mais estimáveis que os candidatos possam ser, não há nenhum com o carisma de Mário Soares ou Marcelo Rebelo de Sousa, com a gravitas de Jorge Sampaio ou Cavaco Silva, e nem vale a pena começar a procurar alguém com o heroísmo de Ramalho........





















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