Quando o Ocidente é aplaudido pelo Hamas |
A Assembleia Geral das Nações Unidas (UNGA) acabou de aprovar, por esmagadora maioria, mais uma Resolução com selo de boas intenções e cheiro a teatro de virtudes. Patrocinada pela França e pela Arábia Saudita, a peça defende um “caminho irreversível” para o reconhecimento do Estado Palestiniano, condena Israel, exige o fim da guerra em Gaza, e apela a uma missão internacional de estabilização.
É absolutamente delirante.
Esta missão essa nunca acontecerá. Os Estados Unidos votaram contra e prometeram vetar qualquer tentativa nesse sentido no Conselho de Segurança. Porque esta Resolução, como bem resumiu a diplomata americana Morgan Ortagus, “é um presente para o Hamas.”
A Resolução apela à Autoridade Palestiniana (AP) para assumir o controlo de um futuro Estado. Exige que o Hamas se desarme. Condena Israel pelos ataques, pelo “cerco”, pela “fome”. Tudo ideias fantásticas, jamais vistas, que parecem saídas das entrevistas de um concurso de Miss Portugal, realizado num acampamento de Verão do partido Mortágua.
Quem vai desarmar o Hamas? A AP, que foi expulsa de Gaza como quem enxota uma mosca, e que não consegue sequer controlar o crescimento do Hamas na Judeia e na Samaria? A França, que não controla os seus próprios subúrbios? A ONU, cujos organismos estão profundamente implicados e imbricados na própria tessitura terrorista?
Um Estado? Com que governo?
Com o Hamas, que tem como........